sábado, 31 de janeiro de 2009

e há aqueles dias que cheiram a domingo de manhã

Ela acordou desnorteada no meio de um lugar familiar, mas não conseguia descobrir realmente onde estava.
Fechou os olhos por mais alguns instantes e após abri-los viu tudo embaçado então tornou a fechá-los e dessa vez pressionou-os com força com seus dedos finos e demorou um pouco mais pra encarar a realidade na qual se encontrava.
Já enxergava pontos brancos em sua escuridão cegamente fingida quando esquecera de prestar atenção em qualquer coisa.
Ouviu uma porta sendo aberta e virou-se languida na cama com os lençóis cobrindo-lhe o corpo sem cor e sem carne e sorriu para o rapaz que saia do banheiro com o rosto recém lavado vindo beijar-lhe as maçãs do rosto com carinho e amor. Logo depois de cobria-la de pequenos afagos disse que precisava ir, pois estava atrasado pro trabalho e que voltaria mais cedo pra saírem pra jantar e comemorar os 3 anos de casamento informal morando no apartamento aconchegante em uma avenida movimentada e acolhedora onde transeuntes se esbarram indiferentes o dia todo mas que no fundo são pessoas e se conhecem por carregarem carmas e felicidades e historias pra contar.
Ele colocou a camisa e piscou pra ela antes de fechar a porta do quarto.
Se conheceram numa tarde, de uma forma pouco formal. Ela tropeçara nele e ele disse que só teria seu perdão se lhe pagasse uma cerveja. Ela achou divertido e entrou no clima, pagando algumas cervejas, que foram retribuídas com uma carona e uma noite ótima.
Duas semanas depois estavam morando juntos no apartamento dela, já que ele dividia o seu com outro dois amigos que não se incomodaram com sua partida, dando a maior força, colaborando com um tapete pra sala e uns copos haha.
Levavam uma vida normal pra eles. Ele tinha uma banda e ela era redatora de um jornal. Saiam todos os finais de semana e conheciam boa parte da cidade. Brigavam de vez em quando e ela o colocava pra dormir no sofá e no outro dia o acordava com um belo café da manhã dizendo que ele era o homem de sua vida e que seria pai de seus filhos que talvez nem existissem.
Tinham coisas em comum o suficiente pra nunca discutirem na porta do cinema na escolha de um filme e nunca obrigarem o outro a abaixar o som do carro.
Ela saia de manhã com óculos escuros e cabelos presos e parava sempre na mesma padaria pra pedir seu café expresso enquanto ele se cortava fazendo a pouca barba que tinha.
Adoravam ficar na cama até tarde em dias de folga, mas ele adorava mais as pernas dela e ela adorava mais as costas dele.
Ele a levava pra jantar sempre que podia e ela comprava discos e livros novos pra ele toda vez que ia a livraria.
Não cobravam muito um do outro, por mais que ela tenha tido crises de ciúmes sem motivo e por mais que um dia, em meio a uma brisa de qualquer coisa que seja, ele tenha apagado todos os números de homens da agenda do celular dela, inclusive o dele.
Tinham parado de fumar juntos. E voltaram a fumar juntos, também, pra provar que se amavam.
Ela acordou desnorteada no meio de um lugar familiar, mas não conseguia descobrir realmente onde estava.
Fechou os olhos por mais alguns instantes e após abri-los viu tudo embaçado então tornou a fechá-los e dessa vez pressionou-os com força com seus dedos finos e demorou um pouco mais pra encarar a realidade na qual se encontrava.
Já enxergava pontos brancos em sua escuridão cegamente fingida quando esquecera de prestar atenção em qualquer coisa.
Ouviu um apito e jogou o despertador no chão.
Correu ao banheiro, lavou o rosto e escovou os dentes. Encarou-se no espelho e então decidiu que seus dias não mais teriam cheiro de domingo de manhã, mas sim gosto de sexta a noite.
Ligou pro rapaz no qual havia tropeçado dias antes o chamando pra beber.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Anotação

Hoje sonhei com o Bob Dylan.
Isso é tudo que tenho pra dizer.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Na sua solidão

Ela vem subindo a rua
Ela vem imaginando uma solução
Ela anda no mundo da lua
Ela anda na sua solidão

Sonhos perdidos no tempo
Para onde o vento irá soprar
Ela quer entender o momento
Talvez seja a hora de repensar

Não há mais porque não acreditar
Não há mal nenhum em se deixar levar

Uma noite com Jack Kerouac

Era um pouco tarde e o bairro vazio não era convidativo àquelas horas. Havia a brisa do mar que se concentrava atrás dos prédios e o barulho das ondas ao longe que ressoam nitidamente, já que a cidade estava quieta. Os postes fingiam ser sol e projetavam sombras distorcidas sobre o chão de paralelepipedos que seguiam uma daquelas métricas que te hipnotiza e induz a pisar em quadrados certos ou pular as linhas.
Essas divisórias entre as pedras me lembram uma historia que me contaram há um tempo atrás; uma lenda, talvez. Diziam que se por acaso você pisasse nessas linhas divisórias você seria abduzido. Talvez essa historia de ETs vindo te buscar esteja enterrada no subconsciente de cada cidadão que pula essas linhas fazendo uma espécie de aposta consigo mesmo. Vira e mexe faço apostas comigo mesma e nem sei se acredito em ETs.
Ela estava voltando pra casa sozinha, de biquini ainda e com um pouco de caipirinha na cabeça. Não estava se importando com as linhas no chão ou com as sombras das árvores; queria mesmo era saber do cheiro do mar e da textura do vento que sobe dele.
Disse boa noite ao porteiro que respondeu com um aceno indiferente, apertando logo depois o botão que abria o portão e fazia um barulho realmente feio.
Passou pelo estacionamento cheio de carros e depois por uma salinha de espera que nunca tinha ninguém... como os corredores e as escadas.
O apartamento ficava no terceiro andar. As janelas não davam de cara pro mar e o basculhante da cozinha estava de frente pra janela do banheiro da vizinha. Era um lugar espaçoso e um tanto aconchegante, se não fosse o corredor sempre vazio e as paredes amareladas.
A porta do apartamento era de frente pra escada. Ela passava um tempo olhando o olho mágico pra ver se alguma viv'alma subia ou descia as escadas em algum momento dos dias ensolarados ou das noite solitárias, mas nunca viu ninguém, nenhuma prova de que alguém além dela vivia naquele prédio (só sabia que não estava completamente sozinha pelos carros no estacionamento que ela chegou a duvidar que tivessem mesmo donos).
Ela subiu as escadas mais uma vez e seguiu como que por extinto em direção ao apartamento, almejando o sofá e tropeçando nos degraus que ela havia esquecido de contar.
208. As chaves se perderam na bolsa cheia de tranqueiras das quais não conseguia se desvenciliar, como seus óculos escuros e o protetor solar. Também tinha a carteira com quase dinheiro nenhum e um livro do jack kerouac.
As chaves, enfim, e a porta escancarada.
Entrou e trancou-se logo. Largou a bolsa e as chaves na mesa e seguiu em direção a cozinha.
Pegou o pó de café e colocou a agua pra ferver. Deu uma olhada e não vira ninguém no banheiro da casa da frente. Tirou a camiseta e jogou um pouco de água na cara, por mais que sua mãe sempre tenha dito pra não fazer isso na pia da cozinha.
Preparou o café adoçou na caneca vermelha. Seguiu para a sala e sentou-se encarando a TV desligada. Com os pés ainda sujos de areia deitou no sofá após terminar o café. Olhou pro teto e perguntou porque estava ali e como tinha chegado até lá. Passou um tempo sem pensar em nada e depois lembrou um pouco do mar e do som e das cores... e da vodka com limão e dos rapazes queimados de sol.
Desistiu de tentar entender qualquer coisa e levantou-se com esforço indo lentamente até o banheiro e tomou uma ducha, de bermuda jeans e tudo. Molhou os cabelos e saiu pingando procurando a toalha que sempre esquecia de levar junto quando ia tomar banho.
Colocou uma roupa qualquer e foi à sala de novo. Pegou a bolsa em cima da mesa; conferiu as chamadas não atendidas de seu celular sem retornar nenhuma e deitou com as mãos nos olhos outra vez.
As paredes haviam parado de girar e seus músculos voltaram ao normal quando escuta um barulho vindo da cozinha. O microondas despertara por motivos desconhecidos até o presente momento e ela só fez deligar da tomada sem se preocupar, querendo apenas acabar com o ruido infernal.
Seguindo de volta ao sofá que a essa hora já tinha o formato do corpo dela em seu tecido enrugado ela encara a bolsa entreaberta em cima da mesa, com um pouco de areia e manchas escuras e vê o livro de seu amante escondido entre os papéis que ficam ali jogados durante meses.
Ela o pega determinada e vê que o marca páginas amarelo - com uma bela dedicatória e cheiro de lembrança - está quase no fim do livro e resolve terminá-lo ali, em pé, naquele exato instante.
Começa a ler e percebe um trecho grifado que depois de colocar a cabeça no lugar lembra que ela mesma grifou, horas antes, no quiosque, antes de beber com um casal que nunca tinha visto na vida mas que eram legais e interessantes e que só lhe ofereceram uma(s) dose(s) de vodka ao verem que a garota também gostava do poeta beat.
Ela relê com cuidado a parte marcada no livro e descobre um dos trechos mais lindos que já lera na vida*; uma espécie de oração sem medo de adorar a Deus sabendo que tudo é Deus. Um mantra jogando na cara dela que você não deve ter preconceitos em relação a nada já que tudo é o que é e é puro e intenso e verdadeiro. Um poeta falando sobre o amor a tudo por pior que seja. Alguma voz dizendo à garota que nada é bom nem mau, que tudo é vazio e desperto, uma visão e um filme na mente universal de Deus.
Ela fechou o livro após dar-se conta de que a vida era o que fazia parecer ser e que ela precisava compreender todos os segredos e diferenças para então ser livre como os incontáveis átomos da vacuidade em todos os lugares.
Era tarde, o corredor do prédio continuava vazio. Ela apagou um cigarro numa das caixinhas de areia que ficam embaixo das escadas e saiu a procura do que ela nem sabia o que era, só sabia que encontraria.
Olhou aos céus logo depois de dizer ao porteiro que já voltava e agradeceu a Jack Kerouac e às estrelas. Seguiu sem pisar nas linhas divisórias e encarou o mar quando chegou em frente a praia.
Sentiu-se livre pela primeira vez. Inteira pela primeira vez. E concluiu que

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Voltar no tempo

Só há um motivo pra fazer com que eu queira voltar no tempo. Só uma pessoa. Só um sentimento. Só por isso eu voltaria.
Pra me sentir livre, mesmo que presa a algo; Me sentir leve mesmo carregando outro corpo comigo; Me sentir completa por mais que eu tenha doado muito de mim a outrem.
Eu voltaria, mas sem mudar nada. Voltaria pra viver como vivi. Regressaria e começaria tudo de novo, só pra sentir o sabor da carta recém-escrita, pra sentir as borboletas voando no estômago só de pensar, pra sentir o cheiro que hoje não existe mais, cheiro de coisa nova e bonita, de verdade.
Eu voltaria no tempo apenas pra estremecer depois de um espasmo, pra abraçar sem medo, pra andar de mão dada.
Voltaria pra sorrir sem pressa, pra chorar sem vergonha, pra viver aquilo que me faz tão bem...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Oi,

Há tempos não sai nada de mim.
Não sai, nem entra. Nada.
Preciso de insPiração.
Preciso de amor perto do peito e sangue misturado com saliva.
Não há porquê deixar as unhas crescerem... não existe o que arranhar.
Ultimamente meus dias se resumem em: Charles Bukowski, meu gato que só tem uma presa; Jack Kerouac e Rock'n'roll.
Quando eu acordo o café já esfriou e quando vou dormir já estou cansada de conviver comigo.
Preciso tirar férias. Tirar férias de mim.

Velvet Underground - Jonathan Richman

They were wild like the USA
A mystery band in a New York way
Rock and roll, but not like the rest
And to me, America at it's best
How in the world were they making that sound?
Velvet Underground.

A spooky tone on a Fender bass
Played less notes and left more space
Stayed kind of still, looked kinda shy
Kinda far away, kinda dignified.
How in the world were they making that sound?
Velvet Underground.

Now you can look at that band and wonder where
All that sound was coming from
With just 4 people there.
Twangy sounds of the cheapest types,
Sounds as stark as black and white stripes,
Bold and brash, sharp and rude,
Like the heats turned off
And you're low on food.
How in the world were they making that sound?
Velvet Underground.

Like this...
Wild wild parties when they start to unwind
A close encounter of the thirdest kind
On the bandstand playing, everybody's saying
How in the world were they making that sound?
Velvet Underground.

Well you could look at that band
And at first sight
Say that certain rules about modern music
Wouldn't apply tonight.
Twangy sounds of the cheapest kind,
Like "Guitar sale $29.99,"
Bold and brash, stark and still,
Like the heats turned off
And you can't pay the bill.
How in the world were they making that sound?
Velvet Underground.

Both guitars got the fuzz tone on
The drummer's standing upright pounding along
A howl, a tone, a feedback whine
Biker boys meet the college kind
How in the world were they making that sound?
Velvet Underground.

Wild wild parties when they start to unwind
A close encounter of the thirdest kind
On the bandstand grooving, everybody moving
How in the world are they making that sound?
Velvet Underground.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Um brinde.

for us.
for yesterday.
for two years.
for ever!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Para a Garota

Bem, ela disse: Eu sei mas não posso contar!
Ninguém pode ouvir uma palavra ou falar o que a garota estava cantando
Ela devia ter 16 ou 18
Eu já me importei...

Ela gostava dos Stones quando eu gostava dos Roses
Ela quebrava meus ossos quando eu estourava seu nariz
Ela me contaria um segredo
Eu o perderia no dia seguinte
Amor jovem me agrada fácil
E me deixa doente em um jeito mal
E ela disse: Eu não posso te amar mais do que isso!
Querida você sabe que isso nâo me emociona

Disse que eu estaria lá se ao menos tivesse sido um pouco mais legal
Eu estava morto no domingo meio morto assustado só tentando agrada-la
Ela estava pegando as pílulas quando eu estava gostando da melhor amiga dela
Ela estava perseguindo as emoções
Ela estava bonita com suspensórios
Ela disse: Me leve para Londres e me diga algo que eu não sei

E ela disse: Eu gosto de você, você não me suporta.
Eu não posso amá-la mais do que isso.

Freedom

There's nothing better than this.
I love Johnny Thunders and Jack Kerouac.
I believe in Iggy Pop.
I belong to the Rock'n'roll.
And I... I don't know just where I'm going.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Hoje é sábado

Sigo assim: colocando máscaras nos dias pra poder tirar as minhas com menos culpa.
Dissimular horas, esconder medos, fechar os olhos pros instantes.
Alguns dias passam rastejando, levando embora pedaços cada vez maiores de mim, me deixando com nada meu e largando o mundo nas minhas costas.
Outros, já um pouco mais vivos e inteiros, vêm e vão rápidos como vento, intensos como um furacão e leves como folhas verdes. Não levam quase nada de mim e deixam muito de si.
E é nesse equilíbrio e que me ergo e me desmonto. Sem ritmo, sem tempo, sem melodia e sem letras.
E é nesse equilíbrio que apoio meu excesso.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

domingo, 4 de janeiro de 2009

Pois é

Não imaginei começo melhor pra 2009

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

tão clichê quanto for possível

Em 2008 eu aprendi que nem sempre temos nas mãos quem queremos ter e que as pessoas não são do jeito que pensamos que são.
Descobri que preconceito é uma das maiores burrices presente na natureza humana e que você tem que estar aberto sempre a novas amizades porque podem ser as maiores e melhores.
Em 2008 fui arrastada pra São Paulo e descobri que o mundo é bem maior do que eu imaginava.
Vi forgotten boys e cachorro grande, conheci pessoas literalmente maravilhosas e troquei ideia com o Gross na augusta depois de ver um filme da Patti smith na mostra internacional de cinema.
Fui apresentada ao whiskey e me apaixonei por Jack Kerouac e por Johnny Thunders.
Reli mate-me por favor e o pequeno príncipe.
Perdi o contato com algumas pessoas e lamentei não conseguir estar perto de todos que têm um pedaço de mim.
Li o poderoso chefão em dois meses e laranja mecânica em dois dias.
Falei ao telefone muitas vezes e bem poucas não me agradaram.
Dormi pouco e quase enlouqueci enquanto saia do onibus todo dia às 7 da madrugada me dirigindo quase que automaticamente à padaria.
Tive que correr atrás do tempo que corria bem mais do que eu e fodi minha coluna um pouco mais depois de horas debruçada sobre pranchetas verdes.
Fiz duas camisetas e resolvi usar vestidos.
Expandi meu gosto musical e meus horizontes e me apaixonei de novo.
Descobri que pegar um onibus às 3 horas da tarde pode ter resultados prazerosos.
Andei pela paulista até cansar e joguei sinuca num bar sujo da mooca esperando pessoas que eu nunca tinha visto na vida!
Dei uma de groupie num lugar que me lembrou muito CBGB'S.
Dividi muitos luckies e goles e fichas de sinuca e musicas na jukebox.
Ganhei um blues com gaita e violão que tem meu nome rimando com cravo e canela em meio a rolling stones e rock'n'roll.
Visitei a galeria choque cultural e fui na exposição sobre contra cultura que rolou no sesc pompéia que foi uma das coisas mais lindas que já vi.
Compareci - por pouco tempo, eu sei - à virada cultural e comemorei meus 16 anos com duas amigas e algumas panquecas.
Quis ser Sable Starr e Patti Smith, mas percebi que o melhor era ser eu mesma.
Quase repeti de ano e chorei muito pouco, quase nada.
Alguns amigos fizeram de algumas terças as melhores por causa da musica do vanguart.
Conheci hellacopters e me aprofundei na blank generation.
Fixei minha ideia de tatuar a banana do velvet/warhol no ombro e escrever Tashi Delek no braço. Nada de tatuagens em latim, por enquanto, por simplesmente serem manjadas demais.
Cuidei de bêbadas e quase morri algumas vezes.
Aprendi a gostar de destilados sem nunca esquecer da minha loira preferida!
Rolei de escadas e machuquei meu joelho.
Fiz do meu ano um dos melhores que já tive e sei que 2009 irá superá-lo porque o mundo ah! o mundo me pertence e hoje eu sou muito mais minha!