segunda-feira, 24 de setembro de 2007

transparências

Por que beber da vida,
Embriagar-se,
Em continentes,
Invólucros,
Aparentar a consistência

Em vãs palavras,
Em significados rasos,
Desdobrar-se em hipocrisias,
Afugentar-se,
Desfazer-se de si mesmo

Quando o dia, apenas o dia
Agride a máscara,
Ensurdece os tímpanos,
Enclausura,
E concede hábeas corpus
Hábeas data,
À página reversa

Ao conteúdo,
Ao destino franco,
À oração absoluta

(será que apenas a fé move montanhas?)

Por que delinqüir
O sonho
Para ostentar
O vazio

Afinal a essência
Não é nada mais
Nem menos,
Do que tua alma desnuda...

De um amador

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