O céu rosa ia longe. Eu passava e ele não chegava nunca.
Existiam riscos de água recém caída na minha janela e gotas grandes - e avulsas - pingando no asfalto descolorido.
O sol refletiu uma vez o dia todo. Rápido, quente, amarelo e um tanto triste. Os dias de glória acabaram. A estação dele se foi e ele insistiu em ficar.
Eu pisquei um pouco demorado, e quando meus olhos abriram-se de novo o cor-de-rosa do céu transformou-se em breu, feito um desenho que um garoto descuidado esqueceu de pintar... e a noite chegou rápido demais, sem que eu notasse, e me fez esperar ansiosa que o próximo dia acabasse.
Minha noite corre enquanto o tempo rasteja. Eu me perco na minha cabecinha cheia de coisas e lembranças e responsabilidade enquanto a chuva insiste e os pássaros dormem... enquanto o sol aquece os japoneses e os cogumelos nascem... enquanto a paisagem corre ao meu lado e o mundo me esquece de novo.
3 comentários:
belo texto, bela Isa
me sinto tão vazia e esquecida quanto...
nquanto os dias correm a gente morre.
e renasce só pra morrer mais uma vez
que lindo esse texto.
algo entre estar vivo meio morto.
é incrível como quanto mais tristes ficamos, mais escrevemos bem.
mal dos poetas.
ou dos amadores, que é meu caso.
continue correndo querida, não olhe para as gotas atrás de vc. são só gotas!
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