Sigo assim: colocando máscaras nos dias pra poder tirar as minhas com menos culpa.
Dissimular horas, esconder medos, fechar os olhos pros instantes.
Alguns dias passam rastejando, levando embora pedaços cada vez maiores de mim, me deixando com nada meu e largando o mundo nas minhas costas.
Outros, já um pouco mais vivos e inteiros, vêm e vão rápidos como vento, intensos como um furacão e leves como folhas verdes. Não levam quase nada de mim e deixam muito de si.
E é nesse equilíbrio e que me ergo e me desmonto. Sem ritmo, sem tempo, sem melodia e sem letras.
E é nesse equilíbrio que apoio meu excesso.
Um comentário:
me sinto tão igual
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