o maior poema de todos os tempos.
abri uma cerveja,
acendi o cigarro e só
depois lembrei de abrir a janela.
a noite está quente
como o vão das pernas das garotas
e a lua brilha
no ceu limpo de outono,
os rapazes bebem um pouco mais
de qualquer coisa
que aqueça o peito vazio
de quem vive por aí só por viver.
Eu ouço umas canções tristes
boas pra dançar sozinho
e lembro dos amores perdidos
num mundo mais perdido ainda
do que as ideias da cabeça
de quem já não é mais.
e divagando assim
na noite longa e sem sinal de melhora
percebo que de real
só a morte do poema
que nem chegou a existir.
abril/11
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