quinta-feira, 12 de julho de 2007

a partida do trem

"(...)Entre ela e eduardo o ar tinha gosto de Sábado. E de súbito os dois eram raros, a raridade no ar. Eles se sentiam raros, não fazendo parte das mil pessoas que andavam pela rua. Os dois às vezes eram conviventes. Tinham uma vida secreta porque ninguém os compreendia. E mesmo porque os raros são perseguidos pelo povo que não tolera a insultante ofensa dos que se diferenciavam. Eles escondiam o amor deles para não ferir os olhos dos outros de inveja. Para não feri-los com una centelha luminosa demais para os olhos.(...)"

Clarice Lispector

Um comentário:

Anônimo disse...

que linda partida...se eu partisse meu coração uma vez se quer assim.
poderia morrer no outro dia.
é tão utópico, mas me faz pensar no porque de ser utópico.
talvez possa não ser.
adorei Isa.
encantador