terça-feira, 22 de julho de 2008

insânia

A noite está no seu lugar
Areia movediça. Mausoléu;
certa como rajadas de vento
e distante como explosões
de bolhas submersas.

Sonhos imploram vagas
Vazios. Sedentos;
sopram calor nas vidraças
- frias e agora embaçadas
E dançam vertiginosamente
a dança dos Reis embriagados.

Luzes condensadas incidem
no centro - entre
Dois balões de oxigênio lubrificado
Fosforescente
Apagam vestígios na argila fresca
enquanto vultos passeiam.

A chuva ausente traz o cheiro
de coisa molhada.
Criatura com medo;
E lava até as almas ocres
de lodo. De paixão.

Sons invadem
Atravessam janelas fechadas
Geladas. Cegas
Como as madrugadas silenciosas
que parecem durar pra sempre.

Cacos de vidro rasgam
a pele desidratada e frágil
- Fácil! Pena de fênix.
E escrevem em caleidoscópios de diamantes
a frase que os gnomos gritam ao céu.

2 comentários:

Camila Barbosa disse...

Ame também, nós precisamos disso. (infelizmente)

Anônimo disse...

caeiro

que clima. frases rápidas me interessam. desassossego é bom, mas quando o outro lado da moeda também é experimentado.