Estou doente. Doente feito vespas que voam tortas pelo vento frio sem esperança alguma de vida após a morte.
Estou soando feito sinos, suando feito búfalos, correndo contra o tempo que segue e mata e segue e morre.
Sem perspectivas, sem dados, sem efeitos. Prossigo errônea e desinteressada diante de todos os tolos que buscam o ouro próprio deles.
É como se o céu não se mostrasse mais infindo e como se ninguém fizesse sentido algum perante as belezas mortas da natureza sobrevivente.
As flores, agora, só precedem os dias mais quentes que virão. Verão. Chuvas e alagamentos internos.
Eu ressoo e vibro ao toque. Eu sinto falta. Muita, às vezes.
Eu bebo sozinha e me esqueço da vida dentro do bar escondido.
Eu rio e ouço. Eu me rasgo em chamas. Eu sofro em silêncio.
Mas eu continuo, porque estou doente apenas por amar de mais o que me cativa.
Um comentário:
caeiro
que texto pesado, existencialista...depois leio de novo para ver melhor.
Postar um comentário