A noite explode em luzes. Nada de neon. Luzes que vertiginam e encantam. Transformando todos ao meu redor em robôs.
Nenhum sentimento real. A noite de sexta não tem sentimentos; não tem amores, não tem amigos; só tem horas e todos - TODOS - se aproveitam delas.
Parede suja e olhares mais imundos ainda. Gente fingindo ser o que não é pra ser aceita pelos que não são.
Eu saí sexta à noite à procura de paz e a encontrei enquanto a noite existiu. Depois, caos!
O submundo de uma cidade sem metrôs me chamava pra um encontro surreal com meu eu que queria ter vivido há muito tempo atrás.
Há dias percebi que não existirão mais johnny thunders, nem sid vicious, nem lou reeds. Percebi que não sou sable starr e que eles todos estão longe de ser a geração vazia. LONGE. De vazio, ali, só as almas.
Eu quero paz e não me importa se eu vou encontrar isso em galerias subterrâneas ou no mais alto prédio de um lugar sem heliporto.
Eu quero paz e gostaria que todos que não querem meu bem fossem embora!
Porque eu não odeio ninguém.
Eu não quero o mal de ninguém.
Eu não sou de ninguém.
Eu sou da noite de sexta e da manhã de domingo ouvindo Heartbreakers.
Eu sou da memória de algo que não vivi e dos olhos sóbrios das pessoas que gosto.
Sou do sorriso sincero.
Eu não gosto da face retorcida. Não gosto da alma retorcida. Não gosto de pessoas retorcidas!
E a única coisa que me salvou disso, foi a luz que transformou todos em robôs na sexta à noite.
E a vodka com fanta laranja.
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