Se passa entre pinheiros na sua mais bela forma ou entre árvores carentes de folhas verdes, pouco importa, porque o tempo segue e você não escolhe.
- Mais um, por favor.
Fumaça. Desenhos pintados pelo descaso de outros. Um colorido em preto e branco. E falta a cor de hortelã.
- Vejam como os olhos dela parecem triste. Coitada.
Náuseas.
"Esse cheiro de gente acaba comigo."
As mesmas caras e os mesmos assuntos. Risos forçados. Sorriso muito amarelo. Olhar sem brilho e sem vontade. Seco. Estático.
- Mais um, por favor.
Passos seguem rápidos. Insípidos. Desafortunados. Um grande teatro a esgoto aberto. Fede a futuro previsível.
Salvaram-lhe um dia vazio, devolvendo-lhe carência, necessidade, vontade.
"Ele nem olhou pra mim."
A chuva cai e molha e leva e seca e cai. O caos. O ciclo sem fim. Acabou.
O universo não é eterno. As estrelas queimam e cegam.
O universo não é eterno. As estrelas queimam e cegam.
"Eu deixei as lágrimas dos outros molharem minhas asas de papel."
- A conta!
Pobre, tornou-se indiferente e nem amar sabe mais.
Ela pouco se importa se ainda é primavera...
Não faz diferença, porque não existe mais cor.
2 comentários:
definitivamente, prefiro este blog do que o da Clarah.
sei que é chato comparar vocês, mas... é que somos meio que discipulas dela mesmo.
você está maginífica Isa.
magnífica!
ciclos viciosos também me cansam.
mas o preto e branco é tão brutal que é sexy.
'fede a futuro previsivel' foi realmente uma das melhores frases do ano.
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