terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Enlouquecendo...

Eu meio perdida. Inerte. Desvairando no meu universo paralelo. Me intrigando com os pequenos detalhes todas as noites e amanhecendo mais fraca. Cuspindo sangue e tomando remédios contra a dor que sai do meu útero e atinge meus neurônios adormecidos.
Overdoses.
De tudo! Carência e amores. Insônia e medo.
Necessidade latente. Me afogo nos meus tormentos adormecidos e finjo esquecer meus demônios atraentes e selvagens.
Mais uma dose... em menos de uma hora. 35 gotas, mais 20. Dá bastante coisa. Sem água dessa vez, pra ver se funciona.
A dor insiste. Pira. Quase desmaio. Adoraria.
Olhos arregalados esforçando-se pra enxergar algo onde só existe o escuro... e o silêncio.
Chove dentro de mim, e fora só há vestígios. Céu sem cor e sem estrelas. Nuvens de chumbo. Eu grito um horror abafado. Não existe afago nem compreensão. Muito menos carinho. Só desilusão. Sozinho.
Visualizo meus receios concretizando-se em atos. Personifico meus desejos e tormentos.
Meu tato no breu não funciona, tal como meu olfato e qualquer outro sentido.
É quieto demais fora de mim, tenho medo de me perder de novo. É sombrio e frio. Alucinante!
Abraços e sorrisos ausentes.
Ele pertence ao mundo e a todas as suas delicias. Eu hospedo-me na desculpa mais próxima.
Um belo contraste. Atraente e excitante. Inebriante.
Na noite desvairada e sem lua ele se perde... e eu vomito.
Gosto de tentar dormir pensando que é sincero...

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