segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A grande Festa

Lotação.
Excesso e escassez andando de mãos dadas.
Atadas. Ataduras. Sangue.
Um grito
jovial e aflito
que pula do peito
abrange todo o universo
Sofreguidão.
O caos. E as estrelas se dispersam.
Poucas. Infames.
Chove, escorre.
Vomitam-me em entrelinhas, em entreolhares.
Um brinde. um gole.
À morte, no fim da madrugada.
Sorrisos.
Simpatia gratuita.
Profanação e amor.
Lágrimas engolidas.
A corcunda.
Os ossos. A ausência deles.
O desejo e a delicia.
O medo. Covardia.
As gotas. A poça d'água.
A tentativa em vão.
O abraço.
Adeus.
No término da grande festa
Restam, despejados, pedaços
de papel e de chocolate
uma pitada de hortelã
Fumaça. Desilusão.

3 comentários:

Anônimo disse...

a grande festa dos pobres de alma, sorridentes e necessários.

arte divina Isa.

Jefferson Castro disse...

Isso tudo é muito parecido com a vida cotidiana que se tem nessa imensa cidade cercada de felicidades.

Anônimo disse...

remédio...remédio...