Um soco na porra do estomago dolorido. Um soco nos olhos fundos de noites mal dormidas. Um soco nos joelhos fudidos. Um soco na boca seca, pedinte, adormecida.
Parece que quando mais você precisa de você mesmo mais o mundo te machuca. Eu tô sangrando, por dentro e por fora. Eu to gritando sem ninguém me escutar. Eu to me atormentando com as coisas mais banais.
E não é assim que eu sou. Não é assim que quero ser.
Quero voltar à minha essencia de outrora. Quero acreditar que o céu, à qualquer hora do dia, pode me proporcionar a visão mais sublime... e que ele acaba rápido e que eu tenho que aproveitar.
Mas eu fico quieta, observando, desvairando, enlouquecendo, sozinha.
O dia continua amanhecendo escuro. Nada frio.
O arrebol me entorpece, anestesia, por pouco tempo.
Minha vista embaça, aos poucos, até a escuridão tomar tudo por completo.
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