sábado, 24 de novembro de 2007

Perdida

Sinto-me febril;
Ardente, desnorteada.
Perdida nesse mundo vil.
Onde ninguém me pertence e eu não pertenço à nada.

É como se, cada vez mais, eu me enterrasse.
E herdasse de tudo apenas o cinismo.
Por mais que tudo isso um dia passe
Procuro guiar-me pra beira do abismo.

Mergulhar na dúvida é inevitável.
Escorregar no breu parece confortante.
Não me existe lado afável.
Sou um todo frio, indiferente e arrogante.

Desculpo-me pelas falhas cometidas.
Peço perdão à mim e às outras personalidades.
Falhei e agora sentimo-nos perdidas.
Fujam de mim e procurem tuas realidades!

Não existo. Escondo-me. Padeço.
Não sintam pena de mim!
Se não sentirem, agradeço.

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