sexta-feira, 8 de junho de 2012
se ian curtis morasse em são paulo.
Junho começou chuvoso e eu já estava sentindo falta das tarde nos bares, das mesas na rua, da cerveja gelada no copo mais gelado ainda em meio à paulicéia desvairada correndo sem parar ao redor.
Fazia tempo que os meus vestidos estavam guardados esperando o proximo verão que, também chuvoso, ao menos tinha um solzinho pra esquentar.
Caia um pé d'água tremendo no centro da cidade e os metrôs estavam vazios. Era domingo de manhã, a padaria mais famosa do bairro estava abarrotada de gente pra comprar um pãozinho, enquanto o boteco já tava aberto com coxinhas sendo fritas na hora. Não exitei.
A chuva sessou enquanto eu tomava meu café, e deu pra ir até o metrô sem abrir meu guarda-chuva, que estava mais seco que eu, bem protegido dentro da minha bolsa.
Uma corridinha até as escadas e, ele subia pela escada rolante com uma cara assim, meio manchester dos anos 80, de quem não tinha muito o que buscar, barba que acabou de acordar e um olhar perdido olhando o teto de vidro.
Ele não me viu, devia estar pensando em como ia se proteger da chuva já que nao trazia nenhum guarda-chuva nos bolsos da sua calça de moletom.
Eu fiquei encatada e até parei no meio da escada para observa-lo melhor, aproveitando que não tinha ninguém ao redor pra julgar essa cena meio em camera lenta de quem se apaixona num domingo de manhã, sabendo que amores de domingo de manhã não tem futuro nenhum.
Ele saiu da escada e foi em direção à porta, e se perdeu la fora no meio dos alguns guarda-chuvas pretos que se espalhavam pela maior avenida da região.
Eu desci as escadas pensando em voltar e ir atrás dele, perguntar se gostava de joy division e se queria, um dia, beber umas cervejas comigo e me contar como, por coincidencia, o pós punk também tinha salvado a vida dele.
Parei na escada pela segunda vez, olhei pra trás, vinham pessoas atrás de mim, a escada rolante continuava subindo, abri a bolsa, peguei o guarda-chuva, e pensei que não valia a pena molha-lo.
Continuei descendo as escadas, e pra não passar batido, repensei uma das frases mais famosas da historia para combinar mais com a grande são paulo chuvosa, e escrevi com o dedo na janela não embaçada do metrô: rain, rain will tear us apart, again.
Fazia tempo que os meus vestidos estavam guardados esperando o proximo verão que, também chuvoso, ao menos tinha um solzinho pra esquentar.
Caia um pé d'água tremendo no centro da cidade e os metrôs estavam vazios. Era domingo de manhã, a padaria mais famosa do bairro estava abarrotada de gente pra comprar um pãozinho, enquanto o boteco já tava aberto com coxinhas sendo fritas na hora. Não exitei.
A chuva sessou enquanto eu tomava meu café, e deu pra ir até o metrô sem abrir meu guarda-chuva, que estava mais seco que eu, bem protegido dentro da minha bolsa.
Uma corridinha até as escadas e, ele subia pela escada rolante com uma cara assim, meio manchester dos anos 80, de quem não tinha muito o que buscar, barba que acabou de acordar e um olhar perdido olhando o teto de vidro.
Ele não me viu, devia estar pensando em como ia se proteger da chuva já que nao trazia nenhum guarda-chuva nos bolsos da sua calça de moletom.
Eu fiquei encatada e até parei no meio da escada para observa-lo melhor, aproveitando que não tinha ninguém ao redor pra julgar essa cena meio em camera lenta de quem se apaixona num domingo de manhã, sabendo que amores de domingo de manhã não tem futuro nenhum.
Ele saiu da escada e foi em direção à porta, e se perdeu la fora no meio dos alguns guarda-chuvas pretos que se espalhavam pela maior avenida da região.
Eu desci as escadas pensando em voltar e ir atrás dele, perguntar se gostava de joy division e se queria, um dia, beber umas cervejas comigo e me contar como, por coincidencia, o pós punk também tinha salvado a vida dele.
Parei na escada pela segunda vez, olhei pra trás, vinham pessoas atrás de mim, a escada rolante continuava subindo, abri a bolsa, peguei o guarda-chuva, e pensei que não valia a pena molha-lo.
Continuei descendo as escadas, e pra não passar batido, repensei uma das frases mais famosas da historia para combinar mais com a grande são paulo chuvosa, e escrevi com o dedo na janela não embaçada do metrô: rain, rain will tear us apart, again.
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