É sábado de manhã.
A casa está vazia e tem sol o suficiente lá fora pra cegar minha vista cansada.
Meus únicos amigos estão agora assistindo a um filme e eu estou aqui por pura preguiça, por pura falta do espírito aventureiro que tanto invejo nos jovens de coração.
Terça-feira agora completo 17 anos bem mal vividos com um pouco mais de peso nos pulmões do que na cabeça, e agradeço por isso.
Dessas 17 primaveras levo alguns conhecidos, poucos amigos com quem me importo e amores que não preenchem uma mão, mesmo sendo grandes, intensos e eternos em sua maneira.
É engraçado, engraçado e estúpido, mas até que não foram anos de se jogar fora.
Eu não vou me arrepender como se fosse mais uma promessa pra mim mesma.
Tenho o número de todas as pessoas com quem quero falar, embora quase nenhuma suporte falar ao telefone; os filmes que perdi hoje estão na locadora e, porra, eu ainda vou completar 17, e é uma idade bonita.
Você sabe, como já diziam os stray cats: "she's sexy and seventeen. My little rock'n'roll queen"
haha
sábado, 28 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
A festa
Já falei tantas vezes
Do verde nos teus olhos
Todos os sentimentos me tocam a alma
Alegria ou tristeza
Se espalhando no campo, no canto, no gesto
No sonho, na vida
Mas agora é o balanço
Essa dança nos toma
Esse som nos abraça, meu amor (você tem a mim)
O teu corpo moreno
Vai abrindo caminhos
Acelera meu peito,
Nem acredito no sonho que vejo
E seguimos dançando
Um balanço malandro
E tudo rodando
Parece que o mundo foi feito prá nós
Nesse som que nos toca
Me abraça, me aperta
Me prende em tuas pernas
Me prende, me força, me roda, me encanta
Me enfeita num beijo
Pôr do sol e aurora
Norte, sul, leste, oeste
Lua, nuvens, estrelas
A banda toca
Parece magia
E é pura beleza
E essa música sente
E parece que a gente
Se enrola, corrente
E tão de repente você tem a mim
Do verde nos teus olhos
Todos os sentimentos me tocam a alma
Alegria ou tristeza
Se espalhando no campo, no canto, no gesto
No sonho, na vida
Mas agora é o balanço
Essa dança nos toma
Esse som nos abraça, meu amor (você tem a mim)
O teu corpo moreno
Vai abrindo caminhos
Acelera meu peito,
Nem acredito no sonho que vejo
E seguimos dançando
Um balanço malandro
E tudo rodando
Parece que o mundo foi feito prá nós
Nesse som que nos toca
Me abraça, me aperta
Me prende em tuas pernas
Me prende, me força, me roda, me encanta
Me enfeita num beijo
Pôr do sol e aurora
Norte, sul, leste, oeste
Lua, nuvens, estrelas
A banda toca
Parece magia
E é pura beleza
E essa música sente
E parece que a gente
Se enrola, corrente
E tão de repente você tem a mim
às vezes eu sou mesmo uma mulherzinha
essa é pra você.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Sorry
I’m sorry of being so emotional
I’m sorry of being so possessive
I’m sorry that I cry for you
I’m sorry because I can’t live without you
I’m sorry for the tears you shed
I’m sorry for the damage I made
I’m sorry I’ve made you sick
Sorry I hurt you so deep
I’m sorry for giving you sleepless nights
I’m sorry for each and every fight
I’m sorry for your pain & agony
I’m sorry for the missing harmony
I’m sorry for my selfish love
I’m sorry for not caring enough
I’m sorry for my restlessness
I’m sorry for the losing grace
I’m sorry my friend I made you mad
I’m sorry darling you are so sad
Sorry for not giving you any happiness
Sorry because it’s my disgrace
I’m sorry for thinking of you so very much
I’m sorry I always miss your touch
I’m sorry of being so mad about you
I’m sorry for my every blue
I’m sorry of being so immature
I’m sorry now that can’t be cured
I’m sorry of being myself
I’m sorry that I’ve failed
I’m sorry and sorry again
I’m sorry of being insane
But believe me that I love you
Should I say sorry for that too?
I’m sorry of being so possessive
I’m sorry that I cry for you
I’m sorry because I can’t live without you
I’m sorry for the tears you shed
I’m sorry for the damage I made
I’m sorry I’ve made you sick
Sorry I hurt you so deep
I’m sorry for giving you sleepless nights
I’m sorry for each and every fight
I’m sorry for your pain & agony
I’m sorry for the missing harmony
I’m sorry for my selfish love
I’m sorry for not caring enough
I’m sorry for my restlessness
I’m sorry for the losing grace
I’m sorry my friend I made you mad
I’m sorry darling you are so sad
Sorry for not giving you any happiness
Sorry because it’s my disgrace
I’m sorry for thinking of you so very much
I’m sorry I always miss your touch
I’m sorry of being so mad about you
I’m sorry for my every blue
I’m sorry of being so immature
I’m sorry now that can’t be cured
I’m sorry of being myself
I’m sorry that I’ve failed
I’m sorry and sorry again
I’m sorry of being insane
But believe me that I love you
Should I say sorry for that too?
Sourav Rcy
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
pré terça-feira de carnaval
Esse texto não será editado jamais.
Limito-me a escrever certo minhas palavras tortas fazendo o mínimo de barulho possível pra não atrapalhar a música.
São quase três da manhã. A casa ronca no invariável sono de família traída por mim enquanto meninos pulam o carnaval que ainda não é e meninas pulam nos meninos que ainda não são - que ainda não são meus.
Resolvi escolher uma banda de boogie pra trilha-sonorizar a madrugada deprimida de cor ocre e silêncio latente que me engole e me cospe e me lambe e torna a me mastigar.
Sinto decepcionar muita gente por simplesmente tentar corresponder as minhas ambições um tanto egoístas e puras demais pra serem compreendidas de primeira (ou de segunda, ou de terceira, ou de quantas outras tentativas qualquer um tentar ter pra entender minhas ações).
É nessa hora, de total solidão, guitarras e pianos que a consciência inconsciente acorda, se espreguiça e me dilacera o pulmão estufado em suspiros de memórias e medos.
Meu coração já não pensa, já não se responsabiliza pelos seus atos e eu que arco com as consequências presentes num arco de bolhas de sabão que flutuam pelo mundo imundo trazendo de volta toda a sujeira que fica escondida embaixo do tapete de asfalto manchado de sangue e vinho que se confundem com sonhos e anseios quando as bolhas resolvem retornar pesadas e infames.
Peço perdão a mim por me enganar tanto e perdão a todos os poetas desse mundo por tentar me convencer nessa madrugada quente de cometa e folia que amor é eufemismo.
Eu estou suja, por dentro e por fora, mas o céu continua limpo e infinito e inteiro.
E essa noite, essa noite o céu é meu, só meu, só o céu.
Os outros pertencem ao mundo que pertence a eles...
Limito-me a escrever certo minhas palavras tortas fazendo o mínimo de barulho possível pra não atrapalhar a música.
São quase três da manhã. A casa ronca no invariável sono de família traída por mim enquanto meninos pulam o carnaval que ainda não é e meninas pulam nos meninos que ainda não são - que ainda não são meus.
Resolvi escolher uma banda de boogie pra trilha-sonorizar a madrugada deprimida de cor ocre e silêncio latente que me engole e me cospe e me lambe e torna a me mastigar.
Sinto decepcionar muita gente por simplesmente tentar corresponder as minhas ambições um tanto egoístas e puras demais pra serem compreendidas de primeira (ou de segunda, ou de terceira, ou de quantas outras tentativas qualquer um tentar ter pra entender minhas ações).
É nessa hora, de total solidão, guitarras e pianos que a consciência inconsciente acorda, se espreguiça e me dilacera o pulmão estufado em suspiros de memórias e medos.
Meu coração já não pensa, já não se responsabiliza pelos seus atos e eu que arco com as consequências presentes num arco de bolhas de sabão que flutuam pelo mundo imundo trazendo de volta toda a sujeira que fica escondida embaixo do tapete de asfalto manchado de sangue e vinho que se confundem com sonhos e anseios quando as bolhas resolvem retornar pesadas e infames.
Peço perdão a mim por me enganar tanto e perdão a todos os poetas desse mundo por tentar me convencer nessa madrugada quente de cometa e folia que amor é eufemismo.
Eu estou suja, por dentro e por fora, mas o céu continua limpo e infinito e inteiro.
E essa noite, essa noite o céu é meu, só meu, só o céu.
Os outros pertencem ao mundo que pertence a eles...
Every mother's son*
Well, the memory I had of him had crumbled from my mind
I really didn't think he'd still be waiting here for me
Please tell him that I said hello
Explain to him I didn't want to go
*um trecho modificado de um som do Humble Pie.
Ótima banda, ótima musica.
boogie.
I really didn't think he'd still be waiting here for me
Please tell him that I said hello
Explain to him I didn't want to go
*um trecho modificado de um som do Humble Pie.
Ótima banda, ótima musica.
boogie.
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Exoticos
Ele sempre fora charmoso.
Tinha lábia de galanteador e gingado de malandro tipo zé carioca com chapéu Panamá.
As garotinhas caiam aos seus pés porque gostavam, mesmo que inconscientemente, de uma fuga relativamente rápida do estereotipo de homem bonito.
Ele se divertia. Devorava corações e cuspia pedaços de seu pulmão degradado pelo cigarro.
Ela era um tanto tímida.
Cortara os cabelos como um sinal de rebeldia latente que queria avisar ao mundo que estava chegando. Tinha os dentes amarelados por culpa do café e a pele branca por falta de melanina.
Os garotos a enxergavam como um amigo e o amor de sua vida até então tinha sido um vizinho pequeno e gordinho, que a tratava como uma mulher. O único.
Ela o adorava e pensava ser inteiramente feliz. Talvez o fosse mesmo.
A cidade não tinha muita diversão.
Eram sempre as mesmas pessoas, nos mesmos lugares, falando sobre os mesmos assuntos chatos sobre as vidas das mesmas pessoas chatas que frequentavam os mesmos lugares chatos.
Os horizontes dele foram abertos há tempos... os dela ainda estavam em estágio fetal.
Se trombaram por acaso num misto de tédio e amigos em comum enquanto o caos seguia indiferente e as pessoas iam pra casa depois do trabalho ainda embaixo de sol por causa do horário de verão.
Era comum chover. Ele sempre chegava molhado e ela sempre estava esperando há algum tempo.
Nunca combinaram nada. Tudo corria naturalmente; sem pressão, sem pressa, sem ritmo.
Ela aprendera alguma coisa sobre livros e ele estava descobrindo como era se prender a alguém.
Era uma troca de favores sem o peso de denominação alguma.
Eram, por si, sós e agora estavam juntos.
Eles mudaram um bocado com o passar do tempo.
Cresceram na mesma proporção grande e harmoniosa de um casal de linhas paralelas que por ventura se trombavam no infinito repleto de qualquer coisa.
Ele sempre teve outras. Ela, por vezes, também.
Mas isso não importava. Não muito. Não pra eles.
E como dizia alguma dessas escritoras de livros de banca de jornal, entre eles o ar tinha gosto de sábado, e eles deveriam ter sido mais espertos guardando toda aquela luz pra eles, pois ela acabou cegando os pobres de coração e doentes de espírito; e como se fosse uma regra que nunca tem uma excessão, eles foram cancelados.
As cortinas baixaram e a plateia ovacionou o fim do espetaculo que nem teve tempo de atingir o ápice.
Não haveria mais mocinho e mocinha, nem grandes beijos cinematográficos ou cenários encantados.
Hoje cada um tem sua vida. Cada um tem sua estrada.
É certo que um dos dois ainda pensa que os caminhos voltem a se cruzar em algum trevo de quatro folhas e enquanto isso não acontece, as pessoas que compraram os ingressos da primeira fila pedem autógrafos físicos aos personagens principais para que eles não tenham tempo de encenar um novo romance entre eles.
Só queria deixar claro, pra qualquer telespectador dessa cronica entre duas pessoas que simplesmente se encontraram em um momento de solidão e liberdade e resolveram se completar sem fazer mal há ninguém, que essa historia ainda terá seu grand finale.
Tinha lábia de galanteador e gingado de malandro tipo zé carioca com chapéu Panamá.
As garotinhas caiam aos seus pés porque gostavam, mesmo que inconscientemente, de uma fuga relativamente rápida do estereotipo de homem bonito.
Ele se divertia. Devorava corações e cuspia pedaços de seu pulmão degradado pelo cigarro.
Ela era um tanto tímida.
Cortara os cabelos como um sinal de rebeldia latente que queria avisar ao mundo que estava chegando. Tinha os dentes amarelados por culpa do café e a pele branca por falta de melanina.
Os garotos a enxergavam como um amigo e o amor de sua vida até então tinha sido um vizinho pequeno e gordinho, que a tratava como uma mulher. O único.
Ela o adorava e pensava ser inteiramente feliz. Talvez o fosse mesmo.
A cidade não tinha muita diversão.
Eram sempre as mesmas pessoas, nos mesmos lugares, falando sobre os mesmos assuntos chatos sobre as vidas das mesmas pessoas chatas que frequentavam os mesmos lugares chatos.
Os horizontes dele foram abertos há tempos... os dela ainda estavam em estágio fetal.
Se trombaram por acaso num misto de tédio e amigos em comum enquanto o caos seguia indiferente e as pessoas iam pra casa depois do trabalho ainda embaixo de sol por causa do horário de verão.
Era comum chover. Ele sempre chegava molhado e ela sempre estava esperando há algum tempo.
Nunca combinaram nada. Tudo corria naturalmente; sem pressão, sem pressa, sem ritmo.
Ela aprendera alguma coisa sobre livros e ele estava descobrindo como era se prender a alguém.
Era uma troca de favores sem o peso de denominação alguma.
Eram, por si, sós e agora estavam juntos.
Eles mudaram um bocado com o passar do tempo.
Cresceram na mesma proporção grande e harmoniosa de um casal de linhas paralelas que por ventura se trombavam no infinito repleto de qualquer coisa.
Ele sempre teve outras. Ela, por vezes, também.
Mas isso não importava. Não muito. Não pra eles.
E como dizia alguma dessas escritoras de livros de banca de jornal, entre eles o ar tinha gosto de sábado, e eles deveriam ter sido mais espertos guardando toda aquela luz pra eles, pois ela acabou cegando os pobres de coração e doentes de espírito; e como se fosse uma regra que nunca tem uma excessão, eles foram cancelados.
As cortinas baixaram e a plateia ovacionou o fim do espetaculo que nem teve tempo de atingir o ápice.
Não haveria mais mocinho e mocinha, nem grandes beijos cinematográficos ou cenários encantados.
Hoje cada um tem sua vida. Cada um tem sua estrada.
É certo que um dos dois ainda pensa que os caminhos voltem a se cruzar em algum trevo de quatro folhas e enquanto isso não acontece, as pessoas que compraram os ingressos da primeira fila pedem autógrafos físicos aos personagens principais para que eles não tenham tempo de encenar um novo romance entre eles.
Só queria deixar claro, pra qualquer telespectador dessa cronica entre duas pessoas que simplesmente se encontraram em um momento de solidão e liberdade e resolveram se completar sem fazer mal há ninguém, que essa historia ainda terá seu grand finale.
Ele se sente só
Não se controla quando alguém lhe chama atenção
Não vê chances de se entregar a uma pessoa só
Seu coração é repartido em pedaços e em vão
Sua cabeça pensa em conquistar
Sem atar nenhum tipo de nó
Pra congelar os dedos só se for por cartão postal
Não quer fincar os pés num amor do tipo mortal
Destes que tem começo, meio
E quase sempre um triste final
Ele quer ser de todas
Como num eterno carnaval
Mas ele se sente só
Quando a noite cai
E quando vem o vazio
Ele nem sabe pra onde vai
Mas ele se sente só
Quando a manhã vem
Nunca está sozinho
Mas não quer olhar pra cara de ninguém
Não vê chances de se entregar a uma pessoa só
Seu coração é repartido em pedaços e em vão
Sua cabeça pensa em conquistar
Sem atar nenhum tipo de nó
Pra congelar os dedos só se for por cartão postal
Não quer fincar os pés num amor do tipo mortal
Destes que tem começo, meio
E quase sempre um triste final
Ele quer ser de todas
Como num eterno carnaval
Mas ele se sente só
Quando a noite cai
E quando vem o vazio
Ele nem sabe pra onde vai
Mas ele se sente só
Quando a manhã vem
Nunca está sozinho
Mas não quer olhar pra cara de ninguém
porque me lembrou
um trecho
“Eu queria odiar você, falei: ‘Por que veio? Porquê?´. Eu desejava tua companhia. Passava das onze; fui até a porta com ele e saí na noite fria de Agosto. ‘Venha cá’, ele me disse, ‘Preciso falar uma coisa bem baixinho: Gosto de você, mas não muito. Não quero gostar muito de ninguém’. Então levei um choque e revidei: ‘Eu gosto muito das pessoas ou as detesto. Tenho que ir até o fim, fundo, mergulhar, conhecê-las de verdade!’. Ele foi claro: ‘Ninguém me conhece!’. Então acabou, ponto final. Naquela noite foi duro dormir.” [ Diário – 18 de Agosto de 1950 ]
sylvia plath
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
um ano e doze dias
Não vejo a hora de ir embora e largar esse inferno e levar algumas coisas e algumas pessoas comigo.
Cansei de ficar presa e de nunca poder fazer o que quero.
Tô parecendo uma adolescente chata no meio de uma crise existencial
talvez eu seja isso mesmo.
ah. foda-se!
Cansei de ficar presa e de nunca poder fazer o que quero.
Tô parecendo uma adolescente chata no meio de uma crise existencial
talvez eu seja isso mesmo.
ah. foda-se!
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
já é quase amanhã
Deixando a profundidade de lado
Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia
Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão morando na filosofia
Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno
Viver a divina comédia humana onde nada é eterno
Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia
Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão morando na filosofia
Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno
Viver a divina comédia humana onde nada é eterno
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Quinta-feira, 12.
Choveu quase que o dia todo e o frio fez com que muitos não fossem para a escola hoje.
Os corredores brancos pareciam os de um hospital, com seus morimbundos jogados pelo chão com cara de cansaço fisico e mental.
Estava mais quieto e menos quente.
Foi uma boa quinta, apesar dos pesares.
E uma boa sexta-feira 13 pra mim HAHAHA
Os corredores brancos pareciam os de um hospital, com seus morimbundos jogados pelo chão com cara de cansaço fisico e mental.
Estava mais quieto e menos quente.
Foi uma boa quinta, apesar dos pesares.
E uma boa sexta-feira 13 pra mim HAHAHA
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Young Folks
If I told you things I did before
Told you how I used to be
Would you go along with someone like me?
If you knew my story word for word
Had all of my history
Would you go along with someone like me?
I did before and had my share
It didn't lead nowhere
I would go along with someone like you
It doesn't matter what you did
Who you were hanging with
We could stick around and see this night through
And we don't care about the young folks
Talkin' 'bout the young style
And we don't care about the old folks
Talkin' 'bout the old style too
And we don't care about their own faults
Talkin' 'bout our own style
All we care 'bout is talking
Talking only me and you
Usually when things has gone this far
People tend to disappear
No one will surprise me unless you do
I can tell there's something goin' on
Hours seems to disappear
Everyone is leaving I'm still with you
It doesn't matter what we do
Where we are going too
We can stick around and see this night through
Told you how I used to be
Would you go along with someone like me?
If you knew my story word for word
Had all of my history
Would you go along with someone like me?
I did before and had my share
It didn't lead nowhere
I would go along with someone like you
It doesn't matter what you did
Who you were hanging with
We could stick around and see this night through
And we don't care about the young folks
Talkin' 'bout the young style
And we don't care about the old folks
Talkin' 'bout the old style too
And we don't care about their own faults
Talkin' 'bout our own style
All we care 'bout is talking
Talking only me and you
Usually when things has gone this far
People tend to disappear
No one will surprise me unless you do
I can tell there's something goin' on
Hours seems to disappear
Everyone is leaving I'm still with you
It doesn't matter what we do
Where we are going too
We can stick around and see this night through
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
O garoto mais lindo da cidade.
"Ele vem descendo a rua.
Ele vem imaginando uma solução.
Ele anda no mundo da lua.
Ele anda na sua solidão"
O domingo começara claro com aquele sol de manhã de verão entrando pelas frestas da janela de madeira iluminando meu quarto só meu e das minhas duvidas e do meu gato que dormia em cima da minha mão ocupando muito espaço na minha cama.
O dia tinha cheiro de final de final de semana e minha boca tinha gosto de tabaco enquanto as reminiscências de um sábado triste e chuvoso cobria meus olhos por eu ser tão entregue e tão sozinha e tão idiota e tão toda coração.
Na noite anterior eu havia deixado meu amor escapar pelos meus dedos inteiro pronto pra ser atacado por qualquer biscate que o quisesse. Meu amor que tem o tamanho do vácuo dos meus braços e que tem meu estômago por inteiro e o pedaço de pulmão que ele quiser.
Meu peito doía e não era dor física, era angustia e medo e eu resolvi abrir a janela e encarar o dia e começa-lo de vez sem esperança alguma, porque, se alguma vez ele chegou a prometer algo eu sabia que não ia cumprir.
Fiz força pra destravar as folhas de madeira e minha cabeça doeu assim que dei de cara com a luz que vinha do céu e de todas as outras partes vivas daquela manha viva de domingo morto pra mim.
Eu precisava descer as escadas e comer algo antes que vomitasse. Foi o que eu fiz.
A casa estava vazia com um recado na geladeira pra mim, avisando que viriam me buscar lá pelas três e me levar junto por mais que eu não quisesse ir.
No final do recado haviam as palavras "com carinho" e assinatura nenhuma.
Desejei com todas as minhas forças que qualquer um dos meus amores - os platonicos não praticantes, os platónicos distantes, os platonicos mortos ou os platonicos por si só - viesse me buscar e eu não pensei em cavalo branco ou buquê de flores; eu queria mesmo algumas cervejas e uns cigarros e um abraço e umas palavras de conforto.
Desisti de comer, não tinha fome e nem mais estômago e abri uma cerveja do meu pai (se não tivesse amor, pelo menos tinha álcool).
Sentei na cadeira de cara pra casa do cachorro ausente e pensei em muitas coisas ao mesmo tempo e no final não me lembrava de nenhuma.
Terminei a cerveja e pensei em pegar mais uma, mas estava com nojo de mim então fui para o banho antes. Involuntariamente olhei pro relógio antes de fechar a porta do banheiro e descobri que não tinha se passado nem metade do dia e eu já implorava pra que ele acabasse.
O chuveiro estava gelado e as luzes, apagadas. Encostei na parede fria e deixei que a água me purificasse, como num rio sagrado, e revolvi memórias e defesas e rezei por toda criatura viva. Rezei pelos que eu não lembrava e pelos que não lembravam de mim. Rezei pelos que morreram e pelos que insistiam em viver. Rezei pelo meu avô e pelo cara da TV. Não rezei por mim, porque não quis. Rezei pela garota que achava que sabia o que era amor e que acreditava nisso. Rezei pelo menino com acne que bate punheta toda manhã antes de sair pra ir pra escola. Rezei pela puta e pelo cuzão. Rezei pelas senhorinhas que saiam para ir à feira e rezei pelos beatos que não acreditavam mais em Deus. Rezei pelos homens desacreditados e pelos meninos perdidos. Rezei pelas minhas amigas e pelos meus homens. Rezei e desliguei o chuveiro.
Sai molhando a casa, enrolada na toalha. Andei devagar até meu quarto e coloquei uma roupa limpa. Esqueci de fechar a janela antes de jogar a toalha em cima da cama desarrumada, mas isso foi detalhe.
Era quase uma da tarde quando o telefone toca.
O rapaz bêbado do outro lado precisa de sexo e precisa conversar.
Dediquei-lhe alguns minutos ao telefone. Ele queria enfatizar o quanto eu não gostava dele e dizia que estava apaixonado e que queria me ver. Deixamos o assunto sexual pendente pruma outra hora, prum outro dia, pra quase agora, quem sabe. Ou não.
Liguei o computador pra ouvir musica. Não queria saber de conversar com mais ninguem. Eu precisava só ouvir e mais nada.
Liguei pro namorado da minha amiga e disse que estava descendo rapidinho pra pegar uns cigarros com ele. Ele disse que tudo bem mas pediu pra eu me apressar.
Vesti meu tênis sem meia e sai correndo. Ele me esperava no portão com 3 cigarros na mão e disse que não me dava mais porque restavam poucos pra ele. eu não discuti, nem poderia, e voltei correndo pra casa depois de lhe agradecer devendo mais uma vez minha alma a alguém.
Cheguei em casa sem fôlego e tirei o tênis na entrada. Peguei uma caixinha de fósforo e subi as escadas pra minha e só minha area de fumantes e acendi um cigarro na sombra.
Saia Doors do computador e entrava paz nos meus pulmões.
Acendi um cigarro no outro pra aproveitar a brasa e joguei o filtro fumado em cima do telhado que já está repleto de bitucas.
Conferi o horário e estava quase na hora de me buscarem pra fazer algo que até então não sabia o que era.
Terminei meu cigarro e guardei o outro pra depois, entre o kerouac e ginsberg, na minha caixa de artista.
Tomei outro banho pra disfarçar o cheiro e escovei os dentes.
Coloquei uma calça e uma camiseta e sentei na cama encarando a tv enquanto a voz do jim morrison saia e invadia o quarto inteiro me transportando pra outra dimensão totalmente inventada por mim naquele momento de pura solidão e conhecimento até que o telefone toca.
Implorei pra que fosse o bêbado de outrora ainda precisando de uma garota qualquer pra satisfazê-lo pra eu não pensar duas vezes e me jogar no meio das pernas dele e poder me livrar daquele gozo preso nas minhas entranhas.
Eu atendi o telefone e respondi apenas com um "tá" e peguei meu óculos escuros e desci as escadas.
O carro me esperava na porta e o tempo estava fechado. Deixei o óculos no sofá da sala e tranquei a porta depois que sai, sem conferir se o gato estava dentro ou fora de casa. Gritavam meu nome e me apressavam e eu peguei o tenis que havia largado na porta e o vesti no caminho.
Começou a chover assim que entrei no carro - como acontece nos filmes - e o domingo, como um típico dia de verão, que fora só sol e calor, agora era cinza e cinza e chão.
A chuva ainda estava fraca e depois de um tempinho chovia e fazia sol. Alguma viuva devia estar casando, mas isso não era de meu interesse.
Meu interesse descia o morro, bem perto e muito longe de mim, enquanto o carro seguia na subida íngreme. Ele tinha os cabelos molhados e o olhar de gato de rua inconfundível. Encarou as janelas escuras do carro como se soubesse que eu estava a observá-lo com água na boca e vontade nos olhos, mas garanto que ele nem pensava em mim.
Insisto em fingir que ele ainda é o amor da minha vida simplesmente pra eu me enganar e fingir que não sofro porque paixões platonicas só existem porque sim e não fazem mal se eu não quiser que façam.
Mas não, não adianta.
Ele só é o garoto mais lindo da cidade.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Amor em duas partes
Amar
Carlos Drummond de Andrade
(...)
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Ramblin' Rose
MC5
Love is like a Ramblin' Rose
The more you feed it
The more it grows,
Ramblin' Rose, Ramblin' Rose,
Come on home.
Carlos Drummond de Andrade
(...)
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Ramblin' Rose
MC5
Love is like a Ramblin' Rose
The more you feed it
The more it grows,
Ramblin' Rose, Ramblin' Rose,
Come on home.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Let it Bleed
Well, we all need someone we can lean on
And if you want it, you can lean on me
Yeah, we all need someone we can lean on
And if you want it, you can lean on me
She said, "My breasts, they will always be open
Baby, you can rest your weary head right on me
And there will always be a space in my parking lot
When you need a little coke and sympathy"
Yeah, we all need someone we can dream on
And if you want it, baby, well you can dream on me
Yeah, we all need someone we can cream on
And if you want to, well you can cream on me
We all need someone we can feed on
And if you want it, well you can feed on me
Take my arm, take my leg, oh baby don't you take my head
Yeah, we all need someone we can bleed on
Yeah, and if you want it, baby, well you can bleed on me
Yeah, we all need someone we can bleed on
Yeah, yeah, and if you want it, baby, why don'cha bleed on me
All over
Yeah..
And if you want it, you can lean on me
Yeah, we all need someone we can lean on
And if you want it, you can lean on me
She said, "My breasts, they will always be open
Baby, you can rest your weary head right on me
And there will always be a space in my parking lot
When you need a little coke and sympathy"
Yeah, we all need someone we can dream on
And if you want it, baby, well you can dream on me
Yeah, we all need someone we can cream on
And if you want to, well you can cream on me
We all need someone we can feed on
And if you want it, well you can feed on me
Take my arm, take my leg, oh baby don't you take my head
Yeah, we all need someone we can bleed on
Yeah, and if you want it, baby, well you can bleed on me
Yeah, we all need someone we can bleed on
Yeah, yeah, and if you want it, baby, why don'cha bleed on me
All over
Yeah..
The Rolling Stones
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Adeus, Liberdade.
Ultimo dia de férias.
Caiu uma chuva torrencial que alagou a cidade.
Meu pai comprou maionese de peito de peru que tem gosto de baconzitos.
Fiquei em casa o dia todo de tênis e agora tenho uma bolha no calcanhar.
Morcegos não param de passar perto da minha janela e eu tenho que dormir cedo.
Tá um tédio do caralho aqui e amanhã acordo às 5 da manhã.
Se estiver chovendo eu não vou pra escola.
Adeus, férias.
Caiu uma chuva torrencial que alagou a cidade.
Meu pai comprou maionese de peito de peru que tem gosto de baconzitos.
Fiquei em casa o dia todo de tênis e agora tenho uma bolha no calcanhar.
Morcegos não param de passar perto da minha janela e eu tenho que dormir cedo.
Tá um tédio do caralho aqui e amanhã acordo às 5 da manhã.
Se estiver chovendo eu não vou pra escola.
Adeus, férias.
Farei minhas as palavras deles
Well I don't care about history
Rock, rock, rock'n'roll high school
'Cause that's not where I wanna be
Rock, rock, rock'n'roll high school
I hate the teachers and the principal
Don't wanna be taught to be no fool
Rock, rock, rock, rock, rock'n'roll high school
Fun fun rock'n'roll high school
Fun fun rock'n'roll high school
Fun fun rock'n'roll high school
Fun fun, oh baby
Rock, rock, rock'n'roll high school
'Cause that's not where I wanna be
Rock, rock, rock'n'roll high school
I hate the teachers and the principal
Don't wanna be taught to be no fool
Rock, rock, rock, rock, rock'n'roll high school
Fun fun rock'n'roll high school
Fun fun rock'n'roll high school
Fun fun rock'n'roll high school
Fun fun, oh baby
Ramones - Rock'n'roll High School
domingo, 1 de fevereiro de 2009
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