sábado, 15 de novembro de 2008

uma nota

Não é tarde o bastante pra abstrair; mas está quieto. Quieto, frio, um tanto sozinho e aconchegante.
bob dylan, há café, há um pouco de coragem e o resto, ah! o resto são feridas e cicatrizes e sorrisos.
Ainda é cedo demais pra desistir, pra esquecer ou tentar entender. Cedo demais pra apartar o verde do roxo, a saudade do amor e o chocolate do coração.
Temo que, na verdade, seja cedo pra sempre e que só eu acabe percebendo isso.
Tenho medo por mim, pelos outros; nada de consequência, futuro, morte. Não.
Qualquer coisa pode morrer, retornar ao pó e reviver como fênix. Tudo pode. Todos podem. Eu sei que sim. Não sei como, mas sei.
O que vem, há de ir e o contrário também ocorre perante o infinito purpúreo de um céu que sorri um sorriso frouxo por mais feliz que esteja.
Sou meio céu, meio vento. Sou meio amarga. Sou meia história e fim.
Está ficando tarde, meu amor. Tarde pra nós. Tarde pra madrugar.
O verão vem vindo. Rápido. E chega tarde.
Tarde como esse cedo meu que dura pra sempre.
Esse cedo que me diz pra continuar...

Um comentário:

Camila Barbosa disse...

É sempre tarde, e cedo demais.
Beijos.