quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Relatos do fim do mundo

O universo inteiro se espreme e se expande como um buraco negro que suga tudo e termina do tamanho do meu quarto numa madrugada infame.

Não é hora de se apoiar nos outros quando na verdade só resta você na madrugada. Sozinha, como se estivesse largada ali pra morrer.
Eu coloco uma musica e imagino um cigarro. Ele desce até os pulmões numa dança maluca de quem tá ali pra matar. E eu morro.
Morro só de pensar em quantas vezes tive que renunciar a mim para atingir o outro. Renuncia sem compreensão, era o que restava.
E então eu explodo... em um milhão de vertentes... pronta pra atacar o primeiro bastardo que tentar de alguma forma fingida invadir minha solidão e me dar um pouco daquilo que preciso.
Minhas entranhas clamam por gozarem no véu da manhã onde nada é eterno por mais eterno que seja.
Não existe nenhum anteparo na margem do rio, por mais que eu tenha imaginado muitos.
Não existe quem me ajude a atravessar, quem esteja realmente ali propicio a se afogar junto. Nunca. Nunca há ninguém pra te ajudar de madrugada quando qualquer reminiscência de passado soa distorcida demais pra fazer o mínimo sentido.
Preciso de paz. Fugir do caos. Me esconder.
Quero ver minha estrela dançar!
No mais, fecho os olhos.

Um comentário:

Anônimo disse...

é disso que eu tava falando...




bjs