chove-se desesperadamente nos becos sujos.
ri-se timidamente nas esquinas escuras.
ama-se secretamente nos quartos fechados das casas apagadas.
come-se silenciosamente nas mesas de vidro dos restaurantes caros.
dança-se descompassadamente nos pequenos bares cheios de fumaça dos bairros afastados.
toca-se descontroladamente um saxofone grande nas salas de visitas das familias negras dos suburbios.
escreve-se perturbadamente nas máquinas de escrever velhas dos porões dos sobrinhos pobres que moram com as avós.
chora-se amargamente nas escadarias molhadas das vilas velhas das cidades turisticas.
lê-se sofridamente livros escritos por gênios mortos pela bebida amarga das noites de inverno.
anda-se apressadamente nas ruas tristes do centro esquecido.
espera-se esperançosamente pelo sentimento que te salve desse feriado perdido.
Um comentário:
eu gosto qdo passo aqui e tem coisa nova...gosto mt mesmo!
mv
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