sexta-feira, 2 de maio de 2008

Com você não vou ter medo


Eu sei,
parece importante ficar em silêncio.
Mas de que importa
manter tantos dissabores
e mastigar pregos
pra conter as dores?

Vem meu bem,
deixa que o inverno vai passar.
Tudo é tão sem querer
e é tão fora de moda ficar mal.

Sabe, parece que foi ontem.
Tudo era tão puro.
E éramos tão jovens,
que querer pouco era tão fútil.
Correr tão covarde
E resistir inútil.

Diz pra mim, o que é que foi?
Quem roubou meu bem querer?
Que hoje é assim,
tanta dor.
E eu sinto tanta falta de você,
de andar pelas ruas sem saber porque.
E de escrever nas roupas
tudo que ninguém parece escutar.

Diz se não é tão adolescente
manter tuas cartas em papel de presente,
querer guardar assim comigo
tudo o que ficou em algum ponto perdido
e que pra mim faz valer ser feliz.

Deixa de ser assim, meu anjo,
que eu sinto tanta falta de você,
de andar pelas ruas sem saber porque.
E de escrever nas roupas
tudo que ninguém parece escutar.

Então vem... é sempre cedo.
E com você não vou ter medo.
Vem andar pelas ruas sem saber porque.
E escrever nas roupas
tudo que ninguém parece escutar.


espero que esse inverno passe logo!

Um comentário:

Camila Barbosa disse...

Nenê Altro, muito foda.