Meus amores costumavam durar mais.
Lembro que chegavam a durar anos; me maltratar por períodos infindáveis e depois cuspir tudo na minha cara pra eu cuspir na cara de alguém.
Eu acreditei em amor à primeira vista uma vez, e na segunda, não durou nem um mês.
Agora surgem amores novos toda a semana, e os antigos morrem e renascem numa sequência tão frenética que parece que um pedaço meu sempre vai ficando pelo caminho.
Não sei mais no que acreditar - eu tô velha demais pra paixões.
Eu quero chegar a noite em casa, ter uma cerveja, ler um pouco de bukowski e ir dormir embriagada. Acordar, esquecer que existe vida antes ou depois, e viver.
Quem disse que a gente precisa de um amor pra ser feliz? Eu sei quem foi, mas não quero acreditar.
Eu só preciso de uns poucos amigos e ter alguém com quem conversar quando a madrugada rompe e todos os meus fantasmas me atacam.
Mas sempre falta alguma coisa... a gente nunca ta satisfeito.
E sempre vem o amor nos dilacerar de novo.
Um comentário:
tá tudo na gente mesmo. as pessoas nascem, crescem e morrem e renascem dentro nós. acho que varia do quanto estamos abertos pra receber. mas é sempre bom ter aqueles ferrinhos de abaixar porta de bar por perto.
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