terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Let it Bleed

Segue, o resto do mundo, em paz fingida.
Só é caos dentro de mim.
Caos escancarado e sangrento. Gritante!
Um adeus machuca e eu estou farta de cicatrizes.
Eu nunca soube me despedir
e não é agora que vou aprender!

Segue, o resto do mundo, amando mentiras.
Só é verdade dentro de mim.
Verdade tinta e envenenada. Cega!
Me liberto quando enxergo o cheiro de hortelã que teus olhos exalam
e me entupo de êxtase quando nada mais existe.
Tremo e gemo quando o frio passa pras correntes sanguíneas
e eu desmaio esquecendo toda a falsidade do mundo que gosta de te jogar pra baixo!

Quero que estejas aqui quando meus sentidos estiverem prontos para anestesiar
Quero fazer-te sentir o quão real é tudo que sinto
e o quanto dói quando tiram de ti uma verdade pura que
demorou para ser construída e entendida.
Eu compreendi tudo tarde demais e agora sangro.

Segue, o resto do mundo, em paz fingida.
Só é caos verdadeiro a mancha do seu sorriso
que meus olhos borraram com lágrimas frias e salgadas.

3 comentários:

Viviane disse...

let it bleed !!!

just to know...
you´re alive !!!

essa vida poética cansa não é mesmo ?!?

Anônimo disse...

é como eu sempre te digo.

sentir demais, mal nosso, que somos problemáticas pro resto do mundo. rs
mas em nosso ensimesmo, sabe, tá tudo muito claro nessa escuridão.
agente nunca vai saber sentir, porque nosso equilíbrio é nosso excesso, como diz a Clarah.

Anônimo disse...

exangue...saca? numa hora falta...o sangue.