sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Sete anos de azar?

Sabe quando parece que você poderia ter feito muito mais ? Ter aproveitado mais intensamente? Ter vivido mais ativamente momentos maravilhosos? Mas na hora a gente nunca pensa que pode ser melhor, nunca!

Na frente do espelho tudo parece mais fácil; sinto ter o mundo nas mãos. Sou só eu e ele: o reflexo. O eu que me copia até na força dos olhos.
Eu sou grande diante da imagem invertida; que me olha de volta, que me encara, que me fala o que eu quero escutar.
Mas na hora de agir, eu despenco. A base, outrora forte, amolece. Eu perco o chão, a certeza, as palavras. Quisera eu sumir como aquilo que se foi junto com o vidro quebrado; Vários pedaços de um mesmo eu eufórico e fraco, inseguro, preso pelo medo.
- É agora.
Pronto. E mais uma vez, nada! Fim... só mais um deles.
Eu coleciono discursos que não passam de ensaios.
Aplausos. As cortinas se abrem e a vida de 'verdade' começa.
Lamento por deixar a mulher no banheiro que transformei em meu palco.
Sorte sua que não vê o que eu vejo, sorte!

Um comentário:

Anônimo disse...

Seu espelho esta retalhado Isa.
sorte sua poder ser uma, duas, três quiçá cinco, dez, vinte de Isas.
cada parte mais desigual que a outra.