segunda-feira, 17 de setembro de 2007

tanto, que se faz nada!

Acho que nunca tive tanto a dizer com tão pouca coragem para fazê-lo. É o sentimento de impotência diante de tudo, de novo.
É como se eu realmente estivesse sendo quem eu não sou. Voraz e firme, mas só nas palavras. Quando o assunto está além dos meus pensamentos desvairados, eu enfraqueço. Perco a segurança e me vejo mergulhando no poço fundo sem esperanças de volta... pelo menos até o próximo despertar para 'a realidade'. Me vejo inerte numa torrente constrangedora de "não saber o que fazer". Eu sou uma fraca. Uma fracote ao cubo.
Sinto-me inteiramente lisonjeada por ter vivido momentos otimos, mas agora eu só queria saber o que querer.
vendo que vou fazer merda, mas é melhor queimar de uma vez do que ir se apagando aos poucos (se é que já não apagou).

Eu me sinto uma inútil diante de um show de talentos. O único que eu possuo é aquele que qualquer um compra na padaria e pode escolher se quer com avelã ou passas ¬¬
Talvez eu seja uma incapacitada mesmo. Ora! a quem eu estou tentando enganar? eu SOU um incapacitada mesmo! Das grandes, das repugnantes, das nojentas.
Seria tão mais fácil se os "talvez" não existissem e deixassem eu agir sem o medo medíocre do que pode vir a acontecer.
E eu só queria saber desenhar, ou cantar, ou sorrir sem me encher de rugas, ou, simplesmente, ter coragem! Quer talento maior que a coragem? Loucura e inteligência também seriam otimos, mas aí eu já quero demais.... tá! eu quero demais. Eu quero tê-lo, inteiro, só pra mim... e ele vale mais que qualquer talento, porque ele o é, inteiro, só pra (mim).

Finais de semanas lavados de encontros com Deus, mas hoje é segunda, é dia de nostalgia, é dia de começar o regime, é dia de perceber que já não é mais como antes, é dia de matar ou morrer, é dia de comer ou deixar-se devorar, é dia e parece que não acaba nunca!




“Escrevo. E pronto. Escrevo porque preciso, preciso porque estou tonto. Ninguém tem nada com isso. Escrevo porque amanhece, E as estrelas lá no céu lembram letras no papel, quando o poema me anoitece. A aranha tece teias. O peixe beija e morde o que vê. Eu escrevo apenas. Tem que ter por quê?”.
Paulo Leminsk

Um comentário:

Anônimo disse...

Já reparou cmomo gente normal é estranha ao nossos olhos?
aquela falsa felicidade, caras e bocas felizes, inconstestavelmente patéticas e cheias de grandes momentos para serem relatados...ahhh como suas histórias dariam belos romances.
mas são as nossas que as gentes comuns lêem Isa, não se engane.
escreva porque escreve.e ponto, diferente da vida.

coragem é coisa pra poucos Isa.
eu mesma, sempre que a tive me fudi.
evite-a!
viva a covardia gratuita!
\o/