terça-feira, 9 de outubro de 2007

Paz num semblante

Amanheceu tarde. O norte encontrava-se ausente. A cabeça borbulhava como champanhe. Ardia; ardia de febre de sentidos e de calor de sentimentos. Ardia pela ausência, pela falta, pelo terror. Ardia por causa dos efeitos colaterais.
Levantou-se com demasiado esforço e foi a procura da paz.
Encontro-a na poltrona. Deitada. Dormindo profundamente. Os olhos mexiam-se debaixo das pálpebras pesadas. As mãos sobre o estômago que vira e mexe causava muitos problemas.
A Paz estava morta! morta de cansaço, e ela não se atreveu a acordá-la.
Olhou-a, com um carinho do tamanho do mundo, e percebeu que não merecia tanta preocupação. Não lembrava porque acordara cansada mesmo depois de tanto dormir.
Deduziu que passou a noite ardendo, por causa da roupa úmida e dos remédios contra febre instalados no criado mudo.
Dormira, mesmo?ah! nem isso sabia.
Só sabia de uma coisa: Que a paz era bonita e tranquila, como todos diziam...

Um comentário:

Anônimo disse...

Bela ColombISA!!!
gostei dessa paz...senti poucas vezes.
acho que tem que ser assim mesmo.
poucas e raras vezes, pra agente sentir mais plenitude quando acontecer!

que lindos pássaros a tua janela!