segunda-feira, 15 de outubro de 2007

vislumbrando

Segue-se a corrente, sem saber onde vai dar.
É insípido, descolorido, sombrio.
Caminha-se no escuro implorando por luz.
Luz que cega, que ensurdece, que paralisa.
É melhor não possuir senti(mentos)dos.
O túnel parece interminável. E o é.
Segue-se o vento, sem olhar pra frente.
A esperança acaba antes da metade.
Sobra a estrada, sempre, e você não escolhe.
Então todos juntos dançam a mesma melodia.
E louco é aquele que inventa sua própria música.
Não querer ser é hipocrisia.
Não querer sentir, por vezes, é necessário.
Insanidade involuntária escorre pelos olhos.
A razão tenta penetrar, mas os poros foram bloqueados.
Coágolos, pus, feridas abertas; Eis o que fizeram com o seu mundo.
Boquiaberta diante do eterno do universo,
Vislumbro um horizonte onde só existe poeira.
O espectro do nada amedronta.
Sorte minha que deuses não têm medo.

Um comentário:

Anônimo disse...

acompanho vislumbrada suas linhas.