segunda-feira, 30 de julho de 2007


Ainda não sei se o título dessa porcaria vai ser Infância II ou cotidiano (esqueci qual é o próximo número). Até o final eu descubro... ou não.


- Eu queria ter uma espécie de "bloco de notas" no meu cérebro; não ocupa muito espaço e eu poderia gravar as barbaridades que vivo pensando quando não tenho mais o que fazer. Algumas são completamente descartáveis por tamanha idiotice, mas outras até que têm um nexo, por mais 'complexas' e bagunçadas que sejam.

- Hoje de manhã, indo pra escola, olhei pela janela do onibus e a Lua estava maravilhosamente bela. Imponente; Rainha da mdrugada. Ela estava tão sozinha lá em cima que minha vontade era agarrá-la e tê-la pra mim pra sempre! Cheia, grande, branca, brilhante e sozinha. Não pode!
"a Lua: um globo frio e intumescido, que observa, com indiferença, nosso avanço."

- Lembrei esses dias que aos 6/7 anos de idade eu quebrei minha perna. Não lembro se foi a esquerda ou a direita -tenho quase certeza que foi a direita- só lembro dos ossos fraturados: Tíbio e perônio. mágico né? sim, os mesmos do Castelo ra-tim-bum!

- Fui visitar minha vó semana passada. Ela está num período pós-operatório. ela tirou todo o "órgão reprodutor" dela por que tava com câncer no ovário - ou algo que o valha. O médico, pra descontrair, disse: a senhora não quer ter mais filhos, né?. Pra que ele foi tocar no assunto? se ferrou. A velha contou toda a vida dela... principalmente dos brotos que tinha em cada esquina quando era mais jovem. Mas isso é longo demais e minha mão tá congelando. Mas, então, fui visitar minha vózinha e ela disse toda feliz: querida, quer ver o corte que o médico fez na minha barriga?. ela tava com uma cara de tão orgulhosa por ter sobrevivido à cirurgia de risco que eu disse: Tá! O corte era ENORME. doeu em mim.

-Tava pensando uma coisa.. faz tempo que não "ajudo" meu vô a pintar as paredes da casa. Era uma das minhas atividade favoritas! O cheiro da tinta, os pingos nas roupas, a brincadeira de ser artista. Aí cheguei a conclusão de que é porque eu e minha irmã crescemos e paramos de desenhar em todo canto. Merda. Não gostei de 'crescer'. a gente perde toda a graça da inocência, toda a felicidade da nãopreocupação, toda a alegria de ser e só.

Depois continuo isso aqui, acabei de achar uma canetinha (6)...



Um comentário:

Anônimo disse...

incrível Isa...a inocencia realmente é um dos desejos mais intimos do homem. ela fica junto com ossos quebrados, maçãs verdes, nuances de tinta, decencia...e imaturidade.

todo mundo ama ou odeia essas coisas!

melhoras pra sua vó!