domingo, 25 de novembro de 2007

Cinzas ensanguentadas.

Aproximei-me rápido demais.
Deixe-me levar pelo brilho e pelo calor.
E agora, cega estou;
e com minhas asas de sangue queimadas.
A Luz era forte e quente e azul púrpura;
imitava o infinito como num jogo de espelhos.
Encostei meus dedos e os perdi.
Minhas mãos fervem em fúria
e meus olhos não mais sentem.
Aproximei minha língua. Apodreceu.
Meus tímpanos explodiram e o olfato desgastou-se.
Não me restam sentidos.
Agora derramo lágrimas venenosas,
que me escorrem à boca
e me beijam como a morte.
E os dentes amarelos rangem.
Há dor, incompreensão, medo.
Depois, tranquilidade, silêncio.
Há cinzas e penas vermelhas.
A Fênix renascerá!
E com ela vou reaprender a voar.

Nenhum comentário: